Palavra Do Dia - São Tomé
[ENGLISH] In her famous song, Cesária tells the story of a painful separation between two lovers. One stays in Cabo Verde (São Nicolau island) and the other leaves for São Tomé and Príncipe.
Floating in the Gulf of Guinea, São Tomé and Príncipe is a two-island nation and ex-Portuguese colony like Cabo Verde. This week, my niece Sophie, her bestie Ashley and myself, we’re getting ready to travel to São Tomé. I am beyond EXCITED!
I don’t know much about São Tomé and the few things I know, I learned them from my aunt Vovó. She told me how when she was younger, she ran away there with my uncle-in-law, Papa Muchin. They were in love but poor and couldn’t get married. So, they decided to go to São Tomé, work on the plantations and gather enough money to come back to CV and get married. They did what they planned but their journey took a different turn when the independence war erupted and they had to flee again to return to CV.
Cabo Verde and São Tomé are two countries with strong bonds and a shared history. In my journey to learn more about myself and my culture, São Tomé is an important piece. I’m looking forward to the next ten days and all the lessons waiting for me.
For now, let me share with you 6 interesting facts you probably didn’t know about São Tomé and Príncipe.
The 2nd smallest African country
Yes, São Tomé beats Cabo Verde on this one. The two-island nation is indeed the second smallest country in Africa with 964 km2. The first one is Seychelles (451 km2). On the list, you have also Mauritius (2,040 km2), Comoros (2,235 km2) and Cabo Verde on the fifth place with 4,033 km2.
Another interesting fact, São Tomé and Príncipe is the smallest Portuguese-speaking nation on the planet.
The people of São Tomé and Príncipe are called...
Sao Tomean or Santomean! The population is around 190,000, the greater part of whom live on São Tomé. In Príncipe, there are about 6,000 inhabitants. The population consists mainly of Forros (from forro, Portuguese for “free man”), descendants of immigrant Europeans and African slaves. Another group, the Angolares, descended from runaway Angolan slaves who were shipwrecked on São Tomé about 1540. You have Cape Verdeans and Mozambicans as well.
4 different languages
Like in Cabo Verde, the official language is Portuguese. But there are also three creoles derived from Portuguese: Sãotomense, spoken by the Forros and having by far the largest number of speakers; Angolar, the language of the Angolares, spoken on the southern tip of São Tomé; and Principense, spoken by only a few hundred individuals on Príncipe.
I don’t know how they sound like yet. I can’t wait to find out this week!!
A painful history
The island was discovered around 1470 by Portuguese navigators. Then the Portuguese brought African slaves to the island in order to work on the sugar plantations. Later when the sugar economy collapsed, the colony served as an entrepôt for the Portuguese slave trade to Brazil. São Tomé and Príncipe got the independence on July 12, 1975.
The chocolate islands
Back in 1913, São Tomé and Príncipe were the world’s largest producer of cocoa. They were nicknamed the ‘Chocolate Islands’. Under Portuguese colonial rule, production was organized into “roças” (estates). After independence, a lack of investment and collapsing global prices saw São Tome’s cocoa-coated heyday slowly melt away.
Cape Verdeans in São Tomé
Today you have about 2,000 Cape Verdeans living in São Tomé. The first immigration vague started in 1867 when CV was experiencing some severe famine. It pushed many Cape Verdeans to go work in the cacao plantations of São Tomé. Between 1900 and 1970, we consider that more than 70,000 Cape Verdeans immigrated to São Tomé. This migration was often forced and done in conditions similar to slavery. Today, the Cape Verdean diaspora is small and considered as one of the poorest among the whole Cape Verdean diaspora.
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[PORTUGUÊS] Palavra do Dia - São Tomé
Em sua famosa canção “Sodade”, Cesária Évora conta a história de uma dolorosa separação entre dois amantes. Um deles permanece em Cabo Verde (ilha de São Nicolau) e o outro viaja para São Tomé e Príncipe.
Flutuando no Golfo da Guiné, São Tomé e Príncipe é uma nação de duas ilhas e ex-colônia portuguesa como o Cabo Verde. Esta semana, eu e a minha sobrinha Sophie, e sua melhor amiga Ashley, estamos nos preparando para viajar para São Tomé. Eu estou além do EXCITADO!
Não sei muito sobre São Tomé e as poucas coisas que conheço, aprendi com minha tia “Vovó”. Ela me contou como, quando era mais nova, fugiu com meu tio “Papa Muchin”. Eles estavam apaixonados, mas eram pobres e não podiam se casar. Então, eles decidiram ir a São Tomé, trabalhar nas plantações e juntar dinheiro suficiente para voltar ao Cabo Verde e se casar. Eles fizeram o que planejaram, mas sua jornada tomou uma volta diferente quando a guerra de independência entrou em erupção e eles tiveram que fugir novamente para retornar à Cabo Verde.
Cabo Verde e São Tomé são dois países com fortes laços e uma história compartilhada. Na minha jornada para aprender mais sobre mim e minha cultura, São Tomé é uma peça importante. Estou ansioso para os próximos dez dias e todas as lições que me esperam.
Por enquanto, deixe-me compartilhar com você 6 fatos interessantes que você provavelmente não sabia sobre São Tomé e Príncipe.
O 2º país africano mais pequeno
Sim, São Tomé bate o Cabo Verde nessa. A nação de duas ilhas é, de fato, o segundo país mais pequeno da África com 964 km2. O primeiro é Seychelles (451 km2). Na lista, você também tem Maurício (2.040 km2), Comores (2.235 km2) e Cabo Verde no quinto lugar com 4.033 km2.
Outro fato interessante, São Tomé e Príncipe é a menor Nação de língua portuguesa do planeta.
O povo de São Tomé e Príncipe é chamado ...
São Tomense ou Santomense! A população é de cerca de 190 mil habitantes, a maior parte de quem vive em São Tomé. Em Príncipe, existem cerca de 6.000 habitantes. A população é constituída principalmente por Forros (de forro, português por "homem livre"), descendentes de europeus imigrantes e escravos africanos. Outro grupo, o Angolares, desceu de escravos angolanos fugitivos que naufragaram em São Tomé por volta de 1540. Você também pode encontrar Cabo Verdianos e Moçambicanos.
4 idiomas diferentes
Como em Cabo Verde, a língua oficial é o português. Mas também há três crioulos derivados do português: São tomense, falados pelos Forros e tendo, de longe, o maior número de falantes; Angolar, a língua dos angolares, falada na ponta sul de São Tomé; e Principense, falado por apenas algumas centenas de indivíduos no Príncipe.
Eu não sei ainda como eles soam . E mal posso esperar para descobrir esta semana!
Uma história dolorosa
A ilha foi descoberta por volta de 1470 por navegadores portugueses. Então os portugueses trouxeram escravos africanos para a ilha para trabalhar nas plantações de açúcar. Mais tarde, quando a economia açucareira entrou em colapso, a colônia serviu como um entreposto para o comércio de escravos portugueses para o Brasil. São Tomé e Príncipe obteve a independência em 12 de julho de 1975.
As ilhas de chocolate
Em 1913, São Tomé e Príncipe foi o maior produtor mundial de cacau. Eles foram apelidados de "Ilhas do Chocolate". Sob o domínio colonial português, a produção foi organizada em "roças" (propriedades). Após a independência, a falta de investimento e o colapso dos preços globais viram o apogeu revestido de cacau de São Tomé, derreteram-se lentamente.
Cabo-Verdianos em São Tomé
Hoje você tem cerca de 2.000 cabo-verdianos vivendo em São Tomé. A primeira onda de imigração começou em 1867 quando Cabo Verde estava sofrendo uma grave fome. Empurrou muitos cabo-verdianos a trabalhar nas plantações de cacau de São Tomé. Entre 1900 e 1970, consideramos que mais de 70 000 cabo-verdianos imigraram para São Tomé. Esta migração foi muitas vezes forçada e realizada em condições semelhantes à escravidão. Hoje, a diáspora cabo-verdiana é pequena e considerada como uma das mais pobres entre toda a diáspora cabo-verdiana.
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[FRANÇAIS] Mot du jour - São Tomé
Dans sa célèbre chanson, Cesária Évora parle d’une séparation entre deux êtres qui s’aiment. L’un est resté au Cap-Vert (São Nicolau) et l’autre est parti pour São Tomé-et-Príncipe.
São Tomé est, comme le Cap-Vert, une ancienne colonie portugaise. C’est un archipel situé en face du Gabon. Cette semaine ma nièce Sophie, sa meilleure amie Ashley et moi-même nous allons nous envoler pour São Tomé. Je suis tellement excitée !
Je n’en connais pas beaucoup sur São Tomé et le peu que je connais c’est grâce à ma tante Vovó. Elle m’a raconté que quand elle était plus jeune, elle s’est enfuit à São Tomé avec mon bel oncle Papa Muchin. Ils étaient amoureux l’un de l’autre mais n’avaient pas d’argent pour se marier au Cap-Vert. C’est pourquoi ils ont alors décidé de s’embarquer pour São Tomé afin de travailler dans les plantations et rassembler l’argent nécessaire pour se marier. C’est ce qu’ils ont fait. Tout allait bien jusqu’à ce que la guerre d’indépendance éclate, les poussant à rentrer au Cap-Vert en catastrophe.
Cap-Vert et São Tomé sont liés par une histoire forte et un destin qui s’est souvent recroisé. Dans ce cheminement et ce retour vers ma culture et mon identité, São Tomé est une pièce importante. J’ai hâte de passer les dix prochains jours dans ce beau pays et de découvrir toutes les leçons qui m’attendent.
En attendant, laissez-moi partager avec vous 6 faits intéressants que vous ne saviez peut-être pas sur ce beau pays.
Le second plus petit pays d’Afrique
Oui, São Tomé bat le Cap-Vert sur ce coup. En effet, les deux îles São Tomé-et-Príncipe sont le deuxième plus petit pays d’Afrique avec 964 km2, le premier étant les Seychelles avec 451 km2.
Sur la liste on retrouve aussi l’île Maurice (2040 km2), les Comores (2235 km2) et enfin le Cap-Vert en cinquième position avec 4033 km2. Autre fait important, São Tomé-et-Príncipe sont la plus petite nation de langue portugaise sur la planète.
Les habitants de São Tomé-et-Príncipe sont…
Les « Santoméens ». Il y a environ 190000 habitants, dont la plupart se trouve sur la plus grande île São Tomé. A Príncipe, il y a environ 6000 habitants.
La population est composée de quatre groupes : les forros (vient du portugais forro et signifie « homme libre ». Les forros sont des descendants de portugais et d’esclaves africains. Il y a ensuite les angolares, ce sont les descendants d’esclaves angolais ayant fui le pays pour se réfugier à São Tomé vers 1540. Enfin, il y a des capverdiens et des mozambicains.
4 langues différentes
Comme au Cap-Vert, la langue officielle à São Tomé-et-Príncipe est le portugais. Mais il existe également trois différents créoles dérivés du portugais : le « Sãotomense » parlé par les forros et étant de loin, le créole le plus répandu ; « Angolar », langue des Angolares, parlé dans la partie sud de São Tomé ; et le « Principense », parlé seulement par quelques centaines de personnes à Príncipe. Je ne sais pas encore comment sonnent ces différentes langues, mais j’ai hâte de les entendre !
Une histoire douloureuse
São Tomé-et-Príncipe ont été découverts vers 1470 par des navigateurs portugais. Après avoir pris possession des deux îles, ces derniers ont fait venir des esclaves noirs africains afin de travailler dans les plantations de cannes à sucre. Plus tard lorsque l’économie du sucre s’est effondrée, la colonie est devenue un entrepôt d’esclaves en partance vers le Brésil. São Tomé-et-Príncipe ont obtenu leur indépendance le 12 juillet 1975, sept jours après le Cap-Vert.
Les îles chocolats
Vers 1913, São Tomé-et-Príncipe étaient le plus grand producteur de cacao dans le monde et ont donc gagné le surnom des « îles chocolats ». Sous l’ordre portugais, la production était organisée en « roças » (propriétés). Après l’indépendance, le manque d’investissement et la chute des prix sur le marché international ont eu raison de cet âge d’or du cacao de São Tomé.
Les capverdiens à São Tomé
Aujourd’hui il y a environ 2000 capverdiens vivant à São Tomé. Jusqu’au début des années 70, de nombreux Cap-Verdiens se sont exilés à São Tomé pour échapper aux difficultés économiques et politiques de leur pays et ainsi travailler dans les plantations. L’exil était parfois volontaire, parfois forcé. La première vague d’immigration avait commencé en 1867 lorsque la famine faisait rage au Cap-Vert. Entre 1900 et 1970 on estime que plus de 70000 capverdiens ont embarqué vers São Tomé.
Aujourd’hui, cette population vivant à São Tomé est considérée comme étant la plus pauvre parmi toute la diaspora capverdienne.
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Source:
BERTRAND Jordane, Dictionnaire insolite du Cap-Vert, Cosmopole.
Wikipedia - São Tomé and Príncipe
Britannica - São Tomé and Príncipe
Stories heard in my family / Histoires entendues dans la famille / Histórias ouvidas na família