[ENGLISH] Guess where I’m traveling this week?! Luanda in Angola! I am so excited you guys! I’ve been wanting to visit this country for a while now so I’m fulfilling one of my dreams! This time around I won’t be with the Nos É Criolas dream team, Sophie and Ashley (hey girls!). But I will try my best to share this amazing Angolan journey with you in our Instagram Stories (@nosecriolas).
I have so much to discover about Angola! We all know about the oil, diamonds and how expensive life is in Angola, most specifically in Luanda which is the second most expensive city after Hong Kong. In addition to that here are 7 interesting facts I came across and would like to share with you.
A Giant
Angola is big, very big. In fact, it’s the 7th biggest country in the African continent and 22nd biggest country in the world with 1,246,700 km2. Just to give you an idea, it’s twice the size of France. Angola is bordered by Namibia to the south, the Democratic Republic of the Congo to the north, Zambia to the east, and the Atlantic Ocean to west. There’s also an exclave province called Cabinda bordered by the Republic of the Congo and the Democratic Republic of Congo.
Avenida 4 de Fevereiro, Luanda.
18 provinces
The country is divided into 18 provinces, and within these provinces you will find a diversity of ethnic groups, cultures and languages. With almost 26 million inhabitants, there are 4 main groups: Ovimbundu (37%) speaking umbundu (from central to coast area), Mbundu (24%), speaking kimbundu (from Luanda to Malanje and inland area), Bakongo (13%) speaking kikongo (located in the nord and Cabinda exclave, and the Lunde-Tchokwe (5%) speaking tchokwe (located on the east).
16 million
Former Portuguese colony, Angola has been treated as a reservoir of labor mainly sent to Brazil. Historians considered that 16 million Angolan slaves were deported to Brazil between 16th century and 19th century. Among them only 4 million have survived the long crossing. Today, historians believe Angola is the country in Africa which got the most depopulated by slavery.
Mercado do São Paulo, Luanda.
Njinga, the Queen
Dona Ana de Sousa Njinga Mbandi (1582-1663) is one of the most fascinating queens in the African history. She was the queen of Matamba kingdom during 40 years. She managed to resist and fight against the Portuguese during three decades. But ended up making peace with them, before converting to Catholicism. She died at 81 years old and today there’s a big statue in the military museum in Luanda honoring this queen who continues to fascine to this day.
Agostinho Neto
Agostinho Neto (1922-1979) was the first president of the free Angola. Doctor, poet, freedom fighter, he is not only a hero to the Angolan people, but also represents a great political leader for the whole continent. Agostinho Neto’s destiny met the one of Amilcar Cabral, our very own hero in Cabo Verde, when they both studied in Lisbon and started to form their independence movements. Agostinho Neto was sent to exile several times and in 1960 ended up in Ponta do Sol in Santo Antão. For two years, he stayed there and helped the population. Then, Neto was jailed in Praia and finally transferred back to Lisbon. He managed to escape Portugal when his movement MPLA (The People's Movement for the Liberation of Angola) launched several attacks against the Portuguese armed forces in Angola. On November 11, 1975 when the independence was proclaimed, he became the first present of Angola.
To pay homage to the contribution he made in Cabo Verde, the airport of Santo Antão, which is not opened anymore, was named after him. And today the hospital in Praia is also named after him.
A Praça da República, Luanda.
« Vamos dançar »
In Angola, we dance Semba, Kuduro & Kizomba. I don’t know how to dance Semba but it’s in my plans to learn before hitting the Luanda dance floors! As for Kuduro and Kizomba, I do have some skills haha. By the way, did you know that the word Kizomba comes from Kimbundu and means party? Well now you know!
The Angolan music scene is very vibrant, creative and innovative. Today, these dances are known far beyond the borders of Angola and the African continent!
Angolan music big names include Bonga, Valdemar Bastos, Matias Damasio (my favorite!), Puto Purtuguês, Don Kikas, Yola Araújo, Anselmo Ralph, Pérola, Yuri da Cunha, C4 Pedro and much more!
Cape Verdeans in Angola
The first Cape Verdeans arrived in Angola in the beginning of the 20th century. Like in São Tomé (see my previous article here), Cape Verdeans were forced to immigrate to Angola around 1940 in order to work in the cotton and coffee plantations. The government also recruited Cape Verdeans to work in the administration and be an intermediate between the Africans and the Europeans. When the independence movement started around 1960, Portugal tried to enroll Cape Verdeans to their cause. For those who did, things didn’t go so well once the independence was declared in 1975. Despite Agostinho Neto’s benevolent policy (he used to live in Cabo Verde) some Cape Verdeans had to flee the country. For those who chose to stay by their Angolan brothers’ side, they remained in the country. Today, there’s around 30,000 Cape Verdean descents living in Angola.
Beginning of next week, we’ll have a Criola Da Semana interview special Angola edition! Stay tuned, you’ll get to know more about a criola descent and her experience in Angola.
[PORTUGUÊS] Palavra do Dia - Angola
Adivinha para onde estou viajando esta semana?! Luanda em Angola! Estou tão feliz! Há muito tempo que tenho vontade de visitar este país , então estou cumprindo um dos meus sonhos! Desta vez não vou estar com a minha dream team de Nos É Criolas, Sophie e Ashley (olá meninas!), mas vou tentar o meu melhor para compartilhar esta incrível jornada em angola com vocês no nosso Instagram Stories (@nosecriolas).
Tenho muito a descobrir sobre Angola! Todos sabemos sobre o petróleo, os diamantes e o quanto a vida é cara em Angola, mais especificamente em Luanda, que é considerada a segunda cidade mais cara do mundo depois de Hong Kong. Além disso, aqui estão 7 factos interessantes que eu encontrei e gostaria de compartilhar com vocês.
Um gigante
Angola é grande, muito grande. Na verdade, é o 7º maior país do continente africano e 22º maior país do mundo com 1.246.700 km2. Apenas para lhe dar uma ideia, é o dobro do tamanho da França. Angola é limitado pela Namíbia ao sul, a República Democrática do Congo ao norte, a Zâmbia ao leste e o Oceano Atlântico a oeste. Há também uma província enclave chamada Cabinda, cercada pela República do Congo e pela República Democrática do Congo.
Museu da Moeda, Luanda / Currency museum. Kwanza moeda Nacional em homenagem ao maior Rio de Angola / Kwanza is the official currency and was named after the biggest river in Angola.
18 províncias
O país é dividido em 18 províncias, e dentro dessas províncias você encontrará uma diversidade de grupos étnicos, culturas e línguas. Com quase 26 milhões de habitantes, existem 4 grupos principais: Ovimbundu (37%) falando umbundu (da região central para a costa), Mbundu (24%), falando kimbundu (de Luanda a Malanje e do interior do país), Bakongo 13%) falando kikongo (localizado no norte e Cabinda enclave, e o Lunde-Tchokwe (5%) falando tchokwe (localizado a leste).
16 milhões
Ex-colônia portuguesa, Angola foi tratada como um reservatório de mão-de-obra principalmente enviado ao Brasil. Os historiadores consideraram que 16 milhões de escravos angolanos foram deportados para o Brasil entre os séculos XVI e XIX. Entre eles, apenas 4 milhões sobreviveram ao longo cruzamento. Angola foi o país africano mais despovoado pelo tráfico de escravos.
Njinga, a Rainha
Dona Ana de Sousa Njinga Mbandi (1582-1663) é uma das rainhas mais fascinantes da história africana. Ela era a rainha do Reino de Matamba durante 40 anos. Ela conseguiu resistir e lutar contra os portugueses durante três décadas, mas acabou por fazer as pazes com eles antes de se converter ao catolicismo. Ela morreu aos 81 anos e hoje há uma grande estátua no Museu das Forças armadas em Luanda, honrando essa rainha que continua a fascinar até hoje.
Agostinho Neto
Agostinho Neto (1922-1979) foi o primeiro presidente da Angola livre. Médico, poeta, lutador pela liberdade, ele não é apenas um herói do povo angolano, mas também representa um grande líder político para todo o continente. O destino de Agostinho Neto encontrou-se com o de Amilcar Cabral, quando ambos estudaram em Lisboa e começaram a formar os seus movimentos de independência. Agostinho Neto foi enviado ao exílio várias vezes e em 1960 terminou em Ponta do Sol em Santo Antão, em Cabo Verde. Durante dois anos, ele ficou lá e ajudou a população. Depois, Neto foi preso na Praia e finalmente transferido de volta para Lisboa. Ele conseguiu escapar de Portugal quando seu movimento MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) lançou vários ataques contra as forças armadas portuguesas em Angola. Em 11 de novembro de 1975, quando a independência foi proclamada, tornou-se o primeiro presente de Angola.
Em homenagem à sua passagem por Cabo Verde e aos cuidados prestados à população, o aeroporto de Santo Antão, que agora está fechado, tem seu nome. E hoje, o Hospital da Praia também tem seu nome.
Banco Nacional de Angola / National Bank of Angola.
"Vamos Dançar"
Em Angola, se dança Semba, Kuduro e Kizomba. Eu não sei como dançar Semba, mas tenho o plano de aprender antes de ir para as pistas de dança de Luanda! Quanto ao Kuduro e á Kizomba, não estou fazendo muito mal eheh por sinal, você sabia que a palavra Kizomba vem de Kimbundu e significa "festa"? Bem, agora você sabe!
A cena musical angolana é muita dinâmica, criativa e inovadora. Hoje, essas danças são conhecidas muito além das fronteiras de Angola e do continente africano!
Os grandes nomes da música angolana incluem Bonga, Valdemar Bastos, Matias Damasio (meu favorito!), Puto Purtuguês, Don Kikas, Yola Araújo, Anselmo Ralph, Pérola, Yuri da Cunha, C4 Pedro e muito mais!
Cabo Verdianos em Angola
Os primeiros cabo-verdianos chegaram em Angola no início do século XX. Como em São Tomé (ver meu artigo anterior aqui), os cabo-verdianos foram forçados a imigrar para Angola por volta de 1940 para trabalhar nas plantações de algodão e café. O governo também recrutou cabo-verdianos para trabalhar na administração e serem intermediários entre os africanos e os europeus. Quando o movimento de independência começou em torno de 1960, Portugal tentou alistar os cabo-verdianos para a sua causa. Para aqueles que fizeram, as coisas não correram muito bem uma vez que a independência foi proclamada em 1975. Apesar da política conciliadora de Agostinho Neto (ele morava em Cabo Verde), os cabo-verdianos tiveram que fugir do país. Aqueles que escolheram assumir a causa da independência angolana ficaram no país. Hoje, aproximadamente 30.000 cabo-verdianos e descendentes vivem em Angola.
A partir da próxima semana, teremos uma edição especial de Criola Da Semana! Fique atento, aprenderá mais sobre uma criola descendente e sua experiência em Angola!
[FRANÇAIS] Mot du jour - Angola
Devinez où est-ce que je m’envole cette semaine ?! Je pars à Luanda, en Angola !! Je suis tellement, mais tellement contente ! Ça fait un petit moment que j’ai l’Angola dans mon viseur, je suis donc heureuse de pouvoir réaliser un de mes rêves ! Cette fois-ci, je ne serai pas accompagnée par ma dream team, Sophie et Ashley (coucou les filles !). Mais je vais faire de mon mieux pour partager avec vous les choses incroyables que je vais découvrir pendant ce séjour ! Cela va se passer sur le compte Instagram @nosecriolas !
Il y a tellement de choses à découvrir sur l’Angola ! Nous connaissons tous le pétrole, les diamants et la vie chère en Angola, plus particulièrement à Luanda qui est la deuxième ville la plus chère au monde après Hong Kong. En plus de ça, voici 7 faits intéressants que j’aimerais partager avec vous aujourd’hui :
Un géant
L'Angola est grand, très grand. En effet, c'est le 7ème plus grand pays du continent africain et le 22ème plus grand pays du monde avec 1.246.700 km2. Juste pour vous donner une petite idée, c'est deux fois la taille de la France. L'Angola est bordé par la Namibie au sud, la République Démocratique du Congo au nord, la Zambie à l'est et l'océan Atlantique à l'ouest. Il y a aussi une province exclave appelée Cabinda, bordée par la République du Congo et la République Démocratique du Congo.
Luanda centro / Center of Luanda.
18 provinces
Le pays est divisé en 18 provinces, et au sein de ces provinces, vous trouverez une diversité de groupes ethniques, de cultures et de langues. Avec près de 26 millions d'habitants, il y a 4 groupes principaux : les Ovimbundu (37%) parlant umbundu (peuplant le plateau central jusqu’au littoral), les Mbundu (24%), parlant kimbundu (de Luanda vers Malanje et l'intérieur du pays), les Bakongo (13%) parlant kikongo (répartis au nord du pays et dans l’exclave de Cabinda), et les Lunde-Tchokwe (5%) parlant tchokwe (répartis à l'est).
16 millions
Ancienne colonie portugaise, l'Angola a été exploité comme réservoir de main-d'œuvre principalement à destination du Brésil. Les historiens considèrent que 16 millions d'esclaves angolais y auraient été déportés entre le 16ème siècle et le 19ème siècle. Parmi lesquels 4 millions seulement auraient survécu à la longue traversée. L’Angola aura été le pays africain le plus dépeuplé par la traite des esclaves.
La reine Njinga
Dona Ana de Sousa Njinga Mbandi (1582-1663) est l’une des figures féminines les plus fascinante de l’histoire africaine. Elle a été reine du royaume de Matamba pendant 40 ans. Elle parvint à résister aux portugais et à mener une lutte féroce pendant trois décennies, avant de conclure la paix et de se convertir au catholicisme. Elle meurt à l’âge de 81 ans. Aujourd’hui une grande statue au musée des forces armées rend hommage à cette reine qui continue de fasciner.
Agostinho Neto
Agostinho Neto (1922-1979) fut le premier président de l'Angola libre. Docteur, poète, combattant de la liberté, il est non seulement un héros pour le peuple angolais, mais représente aussi un grand leader politique pour l'ensemble du continent. Le destin d'Agostinho Neto a rencontré celui d'Amilcar Cabral quand ils ont tous les deux étudié à Lisbonne et ont commencé à former leurs mouvements d'indépendance. Agostinho Neto a été envoyé en exil à plusieurs reprises et en 1960, il s'est retrouvé à Ponta do Sol à Santo Antão, au Cap-Vert. Pendant deux ans, il est resté là et a aidé la population. Puis Neto a été emprisonné à Praia et finalement transféré à Lisbonne. Il a réussi à s’échapper du Portugal lorsque son mouvement MPLA (Mouvement populaire pour la libération de l'Angola) a lancé plusieurs attaques contre les forces armées portugaises en Angola. Le 11 novembre 1975, date de la proclamation de l'indépendance, il devient le premier président de l'Angola.
En hommage à son passage au Cap-Vert et aux soins apportés à la population, l'aéroport de Santo Antão, qui est maintenant fermé, porte son nom. Et aujourd'hui, l'hôpital de Praia porte également son nom.
«Vamos dançar»
En Angola, on danse le Semba, le Kuduro et le Kizomba. Je ne sais pas comment danser le Semba mais je compte bien apprendre avant de me lancer sur les pistes de danses luandaises ! En ce qui concerne le Kuduro et le Kizomba, je m’en sort pas trop mal haha. Au fait, saviez-vous que le mot Kizomba vient du Kimbundu et signifie « fête » ? Eh bien maintenant vous savez !
La scène musicale angolaise est très dynamique, créative et innovante. Aujourd'hui, ces danses sont connues bien au-delà des frontières de l'Angola et du continent africain !
Les grands noms de la musique angolaise incluent Bonga, Valdemar Bastos, Matias Damasio (mon préféré !), Puto Purtuguês, Don Kikas, Yola Araújo, Anselmo Ralph, Pérola, Yuri da Cunha, C4 Pedro et bien plus encore !
Capverdiens en Angola
Les premiers capverdiens sont arrivés en Angola au début du 20ème siècle. Comme à São Tomé (voir mon précédent article ici), les capverdiens ont été contraints d'immigrer en Angola vers 1940 pour travailler dans les plantations de coton et de café. Le gouvernement a également recruté des capverdiens pour travailler dans l'administration et être un intermédiaire entre les Africains et les Européens. Lorsque le mouvement d'indépendance a commencé autour de 1960, le Portugal a tenté d’enrôler les capverdiens à leur cause. Pour ceux qui l'ont fait, les choses ne se sont pas très bien passées une fois l'indépendance déclarée en 1975. Malgré la politique conciliante d'Agostinho Neto (il a vécu au Cap-Vert), des capverdiens ont dû fuir le pays. Pour ceux qui ont choisi au contraire de prendre fait et cause pour l’indépendance angolaise, sont rester sur place. Aujourd'hui, environ 30000 capverdiens et descendants vivent en Angola.
La semaine prochaine, nous ferons un portrait Criola Da Semana spéciale Angola ! Vous en apprendrez plus sur une descendante criola et son expérience en Angola, rendez-vous donc en début de semaine prochaine !
Avenida 4 de Fevereiro, Luanda.
Sources :
Travel guide Angola, Le Petit Futé, 2015 edition.
BERTRAND Jordane, Dictionnaire insolite du Cap-Vert, Cosmopole.